Brasão e Bandeira da Junta de Freguesia de Alcanede
A palavra “Alcanede”
Simão Fróis de Lemos na obra: “Notícia Histórica e Topographica da vila de Alcanede” diz o seguinte: “não pudemos descobrir nem é fácil a sua etimologia e dizem alguns que este nome é dos mouros, como outros nomes de terras que começam po Al”
Pinho Leal afirma que Alcanede resulta da palavra Árabe Alcanet que significa terra sombria e temperada.
Batalha Gouveia defende que o topónimo Alcanede é formado pelas palavras Alaka e Nata, que significa Espírito Santo e Mãe de Água, respectivamente. Alcanede seria assim terra do Espírito Santo da Água Mãe, água que lava e purifica.
Manuel Sílvio Conde considera que o topónimo Alcanede é de origem moçárabe e coloca-nos duas hipóteses para o seu significado: Al + cannetu (latim), que significa canavial; Al + quanît (árabe), que significa castelo.
Alcanede
Orago: Nossa Senhora da Purificação
Área: 109,445 Hm2
População: 5044 Habitantes
BRASÃO
Escudo de prata, castelo de negro aberto e iluminado de vermelho. Em chefe, cruz da Ordem de Avis. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco, com a legenda a negro, em maiúsculas: “ALCANEDE”.
BANDEIRA
Esquartelada de negro e vermelho. Cordão e borlas de negro e vermelho. Haste e lança de ouro.
SELO BRANCO
Circular, com as peças do escudo sem indicação de coroas e metais, tudo envolvido por dois círculos concêntricos, onde corre a legenda: “JUNTADE FREGUESIA DE ALCANEDE – SANTARÉM”
SIMBOLOGIA
O campo de prata simboliza a riqueza. O castelo, que foi reconstruído por D. Afonso Henriques, é de negro por este esmalte corresponder á terra. É guarnecido de vermelho, significando as guerras e as vitórias. Em chefe a Cruz de Ordem de Avis, por Alcanede ter sido uma das mais importantes comendas desta Ordem Militar. A bandeira é de negro e de vermelho, uma vez que a peça principal tem estes esmaltes.
Autoria do Brasão: Affonso de Dornellas
Referência bibliográfica:
NORAS, José Miguel Correia, et al. - A Heráldica do Município de Santarém. Santarém: Câmara Municipal de Santarém, 2001. ISBN – 972-84-91-14-X
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